20 ARTISTAS + 12 PAÍSES + 9 LÍNGUAS
Diversidad não é só um álbum, é também um show com diversas tournées agendadas pela Europa em 2011.
O álbum DIVERSIDAD "The Experience" foi lançado a 14 de Fevereiro de 2011, através de uma distribuição em todo o mundo on-line e estará nas lojas em formato de CD em alguns países da Europa. O álbum inclui 14 faixas que representam o mais alto nível do hip hop contemporâneo Europeu.
Diversidad é um grupo de vários MC's, DJ's e beat-makers da Europa e conta com participação do rapper português Valete.
Diversidad não é só um álbum, é também um show com diversas tournées agendadas pela Europa em 2011.
O álbum DIVERSIDAD "The Experience" foi lançado a 14 de Fevereiro de 2011, através de uma distribuição em todo o mundo on-line e estará nas lojas em formato de CD em alguns países da Europa. O álbum inclui 14 faixas que representam o mais alto nível do hip hop contemporâneo Europeu.
Diversidad é um grupo de vários MC's, DJ's e beat-makers da Europa e conta com participação do rapper português Valete.
Participações:
- Curse (Germany)
- Marcus Price from Fattaru (Sweden)
- Orelsan (France)
- Rival (Belgium)
- Luche from Co' Sang (Italy)
- Frenkie (Bosnia & Herzegovina)
- GMBisGeryMendes (Netherlands)
- Valete (Portugal)
- Zock and Big Size from Cookin' Soul (Spain)
- Spike Miller (France)
- Pitcho (Belgium)
- Nach (Spain)
- Mariama (Germany)
- MC Melodee from La Melodia (Netherlands)
- C.H.I (Luxemburg)
- Eversor (Greece)
- Remi and Shot from Elemental (Croatia)
- Cut Killer (France)
Download: FileServe
Valete – “Diversidad: 10 dias em Bruxelas”
Por Valete
Por Valete
Fiquei muito lisonjeado com o convite para fazer parte deste projecto. Projecto de gente séria, muito bem organizado e orientado.
Gravámos o álbum de Diversidad em 10 dias. 16 faixas em 10 dias (duas ficaram de fora). Por sermos 14 MCs (mais a Mariama, nossa cantora de serviço), pensei que os temas de Diversidad seriam como muitas das músicas de Wu-Tang. Ou seja, músicas onde cada MC rima sobre o que lhe apetece e que, por isso, tematicamente acabam sempre por resultar numa barafunda completa.
Fazer músicas com vários MCs é sempre muito difícil. É difícil manter a organização temática e muito difícil manter o equilíbrio estético.
Esse perigo foi ultrapassado com a inteligência de se escolher temas abrangentes, que permitiam a quem escreve não ficar limitado na abordagem do tema, ainda mais quando cada MC nunca podia escrever mais do que 16 barras. Por exemplo no tema “Slow Down” (“Acalma-te”) era possível falar sobre várias perspectivas que abordassem momentos de exaltação ou descontrolo. Quase todos os temas, por não serem muito específicos, permitiram aos MCs ter esse conforto sobre qual a direcção a escolher dentro da proposta temática.
Supostamente o Akhenaton (IAM) seria outros dos MCs deste projecto, e também o produtor executivo do álbum. O mano não pode vir, porque os nossos dias de gravação coincidiram com os dias de promoção do livro que ele tinha acabado de lançar em França. O Curse assumiu juntamente com o Spike Miller a produção executiva do álbum, e fizeram-no com uma mestria impressionante.
Ganhei uma admiração muito grande pelo Curse. Mano muito sensato, muito ponderado e, como MC, muito completo. É um MC com um grande flow e que também consegue ser muito inteligente e muito cerebral. Do tipo de MC raro. Não percebo alemão, mas no Diversidad todos os MCs tiveram que traduzir as suas letras para inglês e assim já era possível ter uma noção do que é que cada um falava.
Criei com o Curse grande empatia, falávamos sobre vários assuntos, debatemos vários temas, e o mano chegou mesmo a fazer-me uma homenagem num som chamado “Stop”, que infelizmente ficou fora do álbum, porque na mesma altura um rapper francês tinha lançado um single com o mesmo tema e a mesma abordagem.
No projecto Diversidad encontrei personagens fantásticas, do melhor que eu já vi e ouvi no rap europeu. O GMB é um artista de excepção. Rapper e cantor, com uma capacidade sobrenatural para criar melodias e refrões, e que soa sempre bem em cima dos beats. Ouvi cenas do mano rimadas em crioulo (ele é holandês, mas filho de cabo-verdianos), e posso mesmo dizer que é dos melhores rappers que eu alguma vez ouvi a cuspir em crioulo.
Mariama, sinto mesmo que vai ter uma carreira brilhante. Nascida na Serra Leoa e residente na Alemanha. A sistah tem o swing africano harmoniosamente mixado com a disciplina alemã. É quase sempre tecnicamente perfeita no canto, tem uma facilidade brutal para criar melodias e ainda é uma fantástica letrista e compositora. Tem tudo.
O homie Nach já conhecia e já tínhamos uma ligação antes do projecto Diversidad. Foi muito bom ter estado com ele em Bruxelas e ver o mano no estúdio, ver as técnicas de dobragens que usa, ver a experiência com que grava. Sempre super competente.
Em 10 dias criámos um grupo muito forte. Muita amizade, grande companheirismo. Diversidad é hoje muito mais que um projecto musical e cultural, é uma rede fortíssima de laços humanos.
Senti-me muito acarinhado lá, eles gostavam muito de ouvir palavras e rimas em português. Diziam que a língua portuguesa soava muito bem musicalmente, e por isso acabei mesmo por ser o MC que participou em mais músicas do álbum. Entrei em 7 das 14.
Nos próximos meses vamos apresentar este projecto ao vivo em várias cidades europeias, e será certamente uma grande experiência que me tornará mais rico e mais sábio.
Gravámos o álbum de Diversidad em 10 dias. 16 faixas em 10 dias (duas ficaram de fora). Por sermos 14 MCs (mais a Mariama, nossa cantora de serviço), pensei que os temas de Diversidad seriam como muitas das músicas de Wu-Tang. Ou seja, músicas onde cada MC rima sobre o que lhe apetece e que, por isso, tematicamente acabam sempre por resultar numa barafunda completa.
Fazer músicas com vários MCs é sempre muito difícil. É difícil manter a organização temática e muito difícil manter o equilíbrio estético.
Esse perigo foi ultrapassado com a inteligência de se escolher temas abrangentes, que permitiam a quem escreve não ficar limitado na abordagem do tema, ainda mais quando cada MC nunca podia escrever mais do que 16 barras. Por exemplo no tema “Slow Down” (“Acalma-te”) era possível falar sobre várias perspectivas que abordassem momentos de exaltação ou descontrolo. Quase todos os temas, por não serem muito específicos, permitiram aos MCs ter esse conforto sobre qual a direcção a escolher dentro da proposta temática.
Supostamente o Akhenaton (IAM) seria outros dos MCs deste projecto, e também o produtor executivo do álbum. O mano não pode vir, porque os nossos dias de gravação coincidiram com os dias de promoção do livro que ele tinha acabado de lançar em França. O Curse assumiu juntamente com o Spike Miller a produção executiva do álbum, e fizeram-no com uma mestria impressionante.
Ganhei uma admiração muito grande pelo Curse. Mano muito sensato, muito ponderado e, como MC, muito completo. É um MC com um grande flow e que também consegue ser muito inteligente e muito cerebral. Do tipo de MC raro. Não percebo alemão, mas no Diversidad todos os MCs tiveram que traduzir as suas letras para inglês e assim já era possível ter uma noção do que é que cada um falava.
Criei com o Curse grande empatia, falávamos sobre vários assuntos, debatemos vários temas, e o mano chegou mesmo a fazer-me uma homenagem num som chamado “Stop”, que infelizmente ficou fora do álbum, porque na mesma altura um rapper francês tinha lançado um single com o mesmo tema e a mesma abordagem.
No projecto Diversidad encontrei personagens fantásticas, do melhor que eu já vi e ouvi no rap europeu. O GMB é um artista de excepção. Rapper e cantor, com uma capacidade sobrenatural para criar melodias e refrões, e que soa sempre bem em cima dos beats. Ouvi cenas do mano rimadas em crioulo (ele é holandês, mas filho de cabo-verdianos), e posso mesmo dizer que é dos melhores rappers que eu alguma vez ouvi a cuspir em crioulo.
Mariama, sinto mesmo que vai ter uma carreira brilhante. Nascida na Serra Leoa e residente na Alemanha. A sistah tem o swing africano harmoniosamente mixado com a disciplina alemã. É quase sempre tecnicamente perfeita no canto, tem uma facilidade brutal para criar melodias e ainda é uma fantástica letrista e compositora. Tem tudo.
O homie Nach já conhecia e já tínhamos uma ligação antes do projecto Diversidad. Foi muito bom ter estado com ele em Bruxelas e ver o mano no estúdio, ver as técnicas de dobragens que usa, ver a experiência com que grava. Sempre super competente.
Em 10 dias criámos um grupo muito forte. Muita amizade, grande companheirismo. Diversidad é hoje muito mais que um projecto musical e cultural, é uma rede fortíssima de laços humanos.
Senti-me muito acarinhado lá, eles gostavam muito de ouvir palavras e rimas em português. Diziam que a língua portuguesa soava muito bem musicalmente, e por isso acabei mesmo por ser o MC que participou em mais músicas do álbum. Entrei em 7 das 14.
Nos próximos meses vamos apresentar este projecto ao vivo em várias cidades europeias, e será certamente uma grande experiência que me tornará mais rico e mais sábio.
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